Com o passar do tempo, foi aos poucos se cansando desse exercício. Começou a achar cada vez mais exaustivas essas tentativas de evocar, de desenterrar, de ressuscitar mais uma vez o que há muito tinha morrido. Na verdade, anos mais tarde, chegaria o dia em que não choraria mais por essa perda. Ao menos, não tanto, não tão constatemente. Chegaria o dia em que os detalhes daquele rosto começariam a escapar às garras da memória (...) Não sentiria tanta falta dele como agora, quando a dor de sua ausência não a deixava em paz por um momento sequer - como a dor fantasma de um membro amputado.
Khaled Hosseini - a cidade do sol
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