9.7.09

vida amarga

és do inteiro que eu sinto, você por inteira, tão longe, vivendo nas partes mais raras de mim, sem precisar de um porre, sem precisar de um novo amor, o que possuo, mesmo sem ter nas mãos, e tão longe do meu alcance, mesmo assim sei que possuo, me basta, me enobrece, e me vê assim, perdida sorrindo sem motivos concretos, sorrindo por lembranças, chamando atenção de olhares quando isso acontece, enquanto olho a janela pra fora do carro, ou quando ando sem rumo, na mesma rua que passo todos os dias e que peço á cada passo que aquele fosse o caminho que me levasse á você, eu chegaria em milésimos de segundo, sem ar nenhum, esperando que o mesmo ar que me retome o fôlego seja o que você vai respirar, é, seria tão simples, seria clássico demais pra nós, repito não nos cabe algo assim. mas eu continuo com sorrisos perdidos por aí... continuo...

como é doce a dor da palavra dita de tão longe, dita de tão longe (...)

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