3.6.09

porumdesesperoagradavel


Já sentiu que sua vida tivesse acabado, sem nem ter começado a acontecer?
Pois bem, é isso que passa quando um 'ciclo' se fecha, é exatamente isso, não é a vida que se acaba, foi só mais uma etapa encerrada. E meu Deus, por quantas ja passamos, mas enumerar ciclos seria muito vago, prefiro lhe contar em palavras ou em pequenas epifanias, o que se passou pra chegar até aqui, onde me encontro em êxtase com um sentimento, mas nesse eu prefiro não falar, ja li muito C. Lispector e algo que guardo é que não se deve dar um primeiro grito, pois ele desencadeia todos os outros, por tais sentimentos é melhor calar, acender um cigarro, pedir uma vodca, ouvir blues, e em busca de um desespero agradável ligar pro CVV, eu me tornaria um dos personagens de Caio Fernando nesse exato momento se fosse possível, mas não é. Pois é apenas 12h21 e não caberia a mim hoje, se fosse na minha pré aborrecencia... quem sabe, não era fácil suportar aquelas discussões intermináveis, sem bem entender porque as pessoas gritam tanto. Porque? enfim, 2005 também seria provável que eu pedisse a vodca, e pura por favor, mais tarde a caminho da Rua Augusta, o RG falso no bolso, uns trocados suficientes pra perder a noção de dias tediosos numa pista que só tocava rock, meu velho. Na vitrola eu deixo o blues pra 2007, talvez, pois foi o tempo de me encantar com algo até então desconhecido, não pensei que um en-can-ta-men-to fosse capaz de durar anos, passar por desesperos, muito deles, eu confesso, agradáveis, mas como tudo seperdeoencantoeviradesagradavel dessa vez não seria diferente. Caio, levanto e sigo, tipo aquilo 'tudo novo, de novo'. E entre tantas ruas, bares e esquinas hoje eu fico aqui num dia frio, à espera e com saudade sabe se la de que. Eu lhe garanto, faria tudo de novo!

... pensando bem, um pouco pior.


Ah! eu não cheguei à ponto de ligar pro CVV.

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