23.1.11

Não quis sair pra procurar nenhuma caneta, nem ligar o computador pra abrir o bloco de notas.
Resolvi revirar os papéis picados que tenho guardado na memória, lotados de fragmentos, que guardo, ou por ter achado bonito, ou por ter certeza que ainda iria usar.
Bom, dessa vez, não achei.
Nenhum rabisco, nem as lacunas fizeram sentido.
Deve ser isso: não tem sentido.
Não teve quando tentei, e não tem agora que resolvi desistir.

Nunca teve nada, que fosse são, que pudesse ser.

O que me resta é continuar sã.
Deixei a loucura de lado, no mesmo momento em que permiti que você partisse.

Sem mim.

11.1.11

EU TE AMO EU TE AMO EU TE AMO EU TE AMO EU TE AMO EU TE AMO
EU TE AMO EU TE AMO EU TE AMO EU TE AMO EU TE AMO EU TE AMO

Quero gritar! Vontade essa, que sufoca.
Mas pra quem, Deus? Pra quem?

E, como se pronuncia mesmo? Esqueci.

Quis cuspi-lá há dias atrás, eu confesso. Mas hoje deixo entreaberto, quase fechando, às vezes escapando... por aqui.

Que não fuja por ventos errados, e não bata em paredes estranhas.