5.9.10

Chegar em casa é minha luta constante, de todos os dias.
A casa pode estar cheia, mas sou solitária desde sempre. Não me agrada muitas companhias.
Os momentos que passo nessa metrópole-megaloníaca-apaixonante - a meus olhos - são os melhores das minhas 24hrs.
E acho que toda essa beleza que eu enxergo, todos os dias, parece muito com você. Tenho certeza que olhas tudo ao redor, com a mesma paixão com que eu vejo. Vejo a fumaça, a torre, a praça, a velha, a estante, a mesa, a cor. Poderíamos então, não voltar pra casa. Poderíamos então transformar nossos horizontes, em um só. Mesmo tudo isso sendo um caos. O tempo cada vez mais seco, as pessoas também.
Se isso for mais difícil do que voltar pra casa, paro entre a fumaça, a torre, a praça, a velha, a estante, a mesa, a cor e espero. Espero...
Quis, quis sim. Depois de tanto tempo. De tantas tentativas. Todas elas, desajeitadas, errôneas.
Quis, quis sim. Quis ser a tua paz. Quis que fosses meu recomeço. Quis que ambas, fossem seu ponto final.
Quis, quis sim. Quis que fosse um dos meus extremos. Quis que não tivesse me oferecido essas raspas. Quis que me oferecesse por inteiro. Quis que você não fosse só metade. Só restos.
Quis, quis ser o seu excesso.

Quis, quis sim.


jun/2010.