Me restrinjo a usar palavras como nunca ou sempre, permaneço no que chamamos de HOJE, pois é hoje que vivo, hoje que eu luto pra chegar no fim de tarde, começo de noite e pensar, que bom meu Deus, que bom, venci mais um. É hoje que peço, com os dedos das duas mãos fazendo figa, que amanhã ainda seja hoje... e assim por diante. Chegar a tardinha, venci mais um, mais um...

Confesso meus desvarios momentâneos sem relevância alguma, confesso meu mau humor esporádico fora de hora, confesso que sorrio lentamente e é tão raro, confesso que entre os meus próprios braços afogo a cabeça e sufoco as lágrimas, confesso que não são poucas as vezes que fecho os
olhos e os abro... tão baixos, por perceber que era um sonho, que ali só havia cobertas e lençóis, banhados a mofo, umidade e todo mal de toda noite.

Confesso que ás vezes, bate um desespero, confesso que respiro cada vez mais devagar, só assim pra aguentar... só assim.

A verdade é que você pode sim, amar mais de uma pessoa na vida
Não seria egoista demais amar só uma, sendo que vivemos rodeadas de milhares?
A verdade é que ninguém espera por ninguém pra sempre.
A verdade é que o pra sempre nem existe
A verdade é que você pode ser a pessoa mais forte, mas quando cair, vai doer, vai doer demais...

A verdade, a pior delas, é que ninguém NUNCA vai te avisar disso...


não adianta querer parar, você ainda vai amar tanto guria.

Mas venha, de corpo e alma presentes, pois aqui jaz um rosto com mágoas, cansado e sem lágrimas, já engolidas á seco.

sem mais, nem menos, só venha.

Queria ser o porto seguro que eu hoje sei que tanto lhe falta. Te estender as mãos, os braços, os dois ouvidos e escutar suas confissões, compartilhá-las. Te oferecer abrigo pra quando tudo parecer perdido, eu fico em silêncio, deixo parecer que tudo esta bem, tudo vai ficar bem...

Te conto um segredo pra que você sinta, que sim, você ainda vai saber tudo de mim. Seus detalhes, seus gestos, suas bobagens, eu vou guardar e no meio de uma discussão qualquer vou lembra-las pra que você possa esquecer do que estavamos falando a dois minutos atrás. Me levantar e ter seu nome como o primeiro pensamento do dia, se não for pedir muito, que você seja também a minha primeira visão...

Parar.

Calar.

Deus, que eu tenha o consentimento de uma hora continuar, e que esteja mais perto das minhas mãos...

não só em imaginação.

Seria covardia demais se eu perguntasse até que ponto nós vamos aguentar?
Tantas horas, dias, meses... não passam.
Querer cortar todo e qualquer tipo de instinto deveria fazer parte do roteiro... essas tais carências, os desejos em segredo.
Aparentemente tão cedo, porém tarde demais.
Cortar para poder esperar a hora certa, esperar você chegar.
Chega a ser sufocante, querer gritar, mas no exato momento de fazê-lo, não há voz presente, é como um nó bem no meio da garganta impedindo qualquer tipo de som, se chegar bem perto talvez escute algum tipo de soluço, é só o que tem tido por hoje.

Às vezes penso que temos o "dom" de sempre ter pedras nas duas mãos, atiramos simultaneamente e nos deixamos acertar, sem reclamar, sem exitar. Primeiramente são imperceptíveis, mas ao caminhar percebemos o quão pesadas elas estão pra se carregar.

Tão parada, tão na mesma...
Não tem ponto de partida, não faço idéia de onde está o de chegada.
Tentar, tentar, tentar e esperar, esperar, esperar.
Sem respostas.
E é aí que da vontade de arrancar o 'continuar' do dicionário, do pensamento...


E morrer um pouco, nessas horas, deveria ser permitido.

Se é verdade que o tempo não volta, também deveria ser verdade que os amigos não se perdem.
cfa.

E eu vou escancarar os teus sentidos mais secretos, vou fazer questão que certas palavras escapem no exato momento em que eu tenha certeza que minha voz alcança o tom mais alto, pra que você possa ouvir e parar então, com tantos porquês. Meu bem, somos crescidos demais pra tanta efusão, e tanta falta de compreensão, chegamos na época em que precisamos enconstar a cabeça a noite no travesseiro, de um modo leve, sem grandes pressões, frustrações... desilusões.