27.1.15

Hoje, pela primeira vez, quis escrever sobre você.
Tentei outras vezes, confesso, mas hoje, só hoje,
Sei o que quero dizer.
Quero, como todos os dias, que você fique comigo,
Que pare de dar 2 passos pra trás, quando, assim como eu,
Do seu lado, damos 1 a frente.
Que me dê a mão, um pedaço do braço e seu coração.
Eu te dou o meu.
Um pouco arrebentado, meio desacreditado,
Mas pronto pra ser seu.
Que você queira que eu seja seu porto
Mesmo quando a distância for traiçoeira
E quando só caminhar, não leve ao nosso encontro.
Que não me deixe acreditar que o futuro
Traz um labrador, um quintal grande e uma cidade diferente,
Mas que me faça crer que lá é nosso lar
E, assim como eu, você também tá pronta pra encarar.
Que longe seja um estado curto
Que bom dias se tornem constante
E a cumplicidade vire rotina.
Te quero, com um aperto no peito.
Mas, ainda assim, acreditar
Que sem você
Eu não quero navegar.

7.11.14


Hoje o dia não nasceu.
Foi escuridão desde manhã
Até de noitinha.
Hoje o dia não nasceu.
Quis colorir o cinza
Mas no fim,

Só escureceu.

30.7.14

sereno,
seremos.

31.3.14

Tenho alguém, mais uma vez, do lado direito da cama.
Naquele mesmo espaço, que confundimos nossos braços, encontrando outros abraços.
Parece fácil. Mas exige encaixe, vontade e gostar.
Difícil se reacostumar com o espaço vazio e de repente, seus pés encontram outros.
Processo lento.
Desejo rápido.
Mas fica à vontade. Tem espaço.

E se você quiser, do lado esquerdo também.

17.2.14

344 dias.

Se por todo esse tempo de sumiço
Tu não percebeu
Meu bem,
Tu nunca então nem me conheceu.
Se fugi e fingi que esqueci
É porque na verdade tua presença sempre esteve aqui.
Talvez quando eu realmente esquecer
Aí sim,
Te aviso.
“Ó, tá tudo bem, viu?
Espero que você também.
De coração.
Tu só me fez bem.
Hoje eu sei.”
Mas por enquanto não
Ainda não.
Vi que tu anda feliz.
Sabe,
Eu também.
De um jeito diferente
Nem tão bom, nem tão ruim.
Quando escrevo ainda é sobre ti.
Acho que teve alguma parte aí
Que eu perdi.
Mas é isso.
A gente leva.
Sabe,
Ainda te levo.
Mas ó,
Preocupa não,
Te aviso.

3.2.14




the past is just a story we tell ourselves.

18.12.13

Te leio
E te respondo, porque sim, me importo. Faz tempo, mas ainda lembro e guardo tudo com muito carinho, não joguei tuas coisas nem nossas memórias em canto algum. Só mudei o lugar. Ainda não está no local exato, creio eu, e talvez nunca esteja, mas tudo bem.

Te escrevo
Pra você não esquecer que, assim como agradeci por você aparecer naquele primeiro presente, só escolha as pessoas que você consiga/sinta que deva fazer o mesmo. Tua beleza que vem de dentro pra fora merece ser reconhecida por cada um.

Te sinto
Porque a cada vez que penso que vou sentir o mesmo ou algo melhor do que foi com você, me vem a sensação que senti naquela sala sem luz de manhã, e nada ganha. E por todos os lugares que vou e pensei em dividir com você, mas hoje vou só. Ou ainda, quando nesses mesmos lugares penso “ela iria amar”.

Te ouço
No mesmo dia que me “escreveu” ouvi essa música http://www.youtube.com/watch?v=-_Y2jfK06pY, sei que não fomos as primeiras de ambas, mas tudo um pouco nela ainda faz sentido. Não gosto que faça, mas faz. Você consegue sentir o mesmo?

Te odeio
Um pouco. Pelas vezes que quis ser de outras, e não consegui. Pelas vezes que vi que você sim, conseguiu. Por todas as vezes que quis que você tivesse falado, mas você travou. E por parecer que só acontece quando é comigo. Ou será que alguém já conseguiu o mesmo efeito? Me odeio, por perguntar isso.

Te agradeço
Agora no fim, mais que o fim, por ter sido você, pela sorte que alguém nesse universo me deu por ter sido você. Pela coragem de ter pensado um dia que seria pra sempre e pelos momentos que hoje rendem histórias e as minhas maiores saudades. Pelo orgulho que eu sentia nas vezes que falava “é ela” e por hoje saber que o tempo anda a nosso favor. E, quem sabe, um dia, em outra esquina, da berrini ou do mundo, eu te veja passar.

Te amo
(ainda) pra sempre.